segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O menino que sobreviveu depois de ter morrido



Vou começar a história um pouco dentro da cronologia. Começarei as postagens contando como era a vida de Harry Potter vivendo num barril na casa dos tios, na rua dos Carpinteiros número 8.


                Harry Potter era um menino que vivia em um barril na casa dos seus tios, na rua dos Carpinteiros, número 8. Era um menino baixinho, baixinho, baixinho, magricela, magricela, magricela e com óculos, óculos, óculos. Para a sua idade, Harry parecia realmente fraco e miúdo e o próprio não gostava de seu corpo, com exceção da cicatriz em formato de raio na testa que sua tia insistia em pedir para que escondesse com a franja de seu cabelo fino e preto. Certa vez Harry resolveu pedir à sua tia Petúnia (uma mulher magra, alta, com um pescoço muito maior do que o normal, com cara de constante mau humor e bóbis na cabeça) sobre como ganhara a cicatriz:
                -No mesmo acidente que morreram seus pais – respondeu resmungando.
                -E como foi ele?
                -Morreram de noiva.
                -De noiva?
                -É, o carro da noiva bateu no deles e acabaram morrendo. E não faça mais perguntas.
                Não fazer perguntas era uma das maneiras mais óbvias de ter uma convivência razoável. Assim como outras regras como: lavar a louça, cortar a grama, pendurar a roupa. E Harry era constantemente castigado por coisas que às vezes nem mesmo ele entendia.
                Certa, enquanto Tio Valter (um homem gordo com um bigode grisalho muito espesso e quase sem pescoço) montava um caixote de madeira para vender quando, misteriosamente, Duda(o primo de Harry que era gordo igual ao pai e que parecia um gorila loiro) ficou dentro do caixote já totalmente pregado por fora. Num outro dia, no qual Harry passou a maior parte correndo atrás de lagartixas no quintal, um cadáver de lagartixas apareceu misteriosamente no cesto de prendedores de roupa de tia Petúnia. Fora outras coisas estranhas como ratoeiras que apareciam nas gavetas de talheres e besouros que apareciam nos sacos de pipocas de Duda.
                No geral, a vida de Harry na casa dos Dursley não era das melhores. Comia mal, fazia muitos serviços domésticos, não tinha amigos, apanhava de Duda constantemente, era ignorado pelos tios e seus únicos pertences eram coisas muito velhas de Duda e tio Válter. As coisas pioraram ainda mais depois de, em uma viagem ao zoológico, Harry ter sido acusado de soltar uma cobra e açulado ela contra Duda.
                Mas esta situação mudaria em breve. A esperança estava vindo à cavalo. Ou melhor, de bicicleta.

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